As formas claras — Alexandre Melo
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As formas claras — Alexandre Melo

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Livro do professor doutor Alexandre Melo, As formas claras, "em sua aparente consonância, dialoga com a trajetória do ser sensível, que abarca a existência, com algum atrevimento, e assume riscos, e escolhe caminhos, e persegue a felicidade a que todos têm direito em sua existência terrena" nos diz Manoel Cardoso, professor e escritor, no texto de apresentação.

Dividido em duas partes: Transparência e Brilho, os poemas foram inspirados em temas associados a religiosidade e erotismo, aludindo inicialmente, ao mundo circundante, de aparente harmonia, manhãs iluminadas, praia, areia... até ir mudando, ao referir-se à existência, à semente do Ser. Na segunda parte, o autor aprofunda a imersão no mar da vida e alude à Criação e aos grandes mitos bíblicos, e também a Omolu, a São Jorge, e figuras emblemáticas em diversas crenças.

O autor:

Alexandre de Melo Andrade nasceu em Orlândia e viveu sua infância e juventude entre Cravinhos e Ribeirão Preto, cidades do interior de São Paulo. Estreou como poeta em 2014, com o livro Desflor (Patuá). Além de poeta, dedica-se ao ofício da crítica literária. Doutor em Estudos Literários pela UNESP de Araraquara, é editor da revista de letras Travessias Interativas desde 2011. Sua produção intelectual envolve publicação de artigos, capítulos e livros de crítica literária. Atualmente vive em Aracaju, atuando como professor na graduação e na pós-graduação da Universidade Federal de Sergipe (UFS).

Dois poemas do livro:

Céu de abril

Vamos, rapaz, ver este céu de abril
Entregar-nos à brancura dessa nuvem luminosa
Que nos cega de mais a mais
E nos atrai nos seus repuxos de alegria
Vamos beber desses licores
Que escorrem da escada deste céu
Neste dia quente
Quando o sol derrama suas lavas
De luz, de ouro incandescente
Sobre a paisagem que somos nós
Vem dormir no rio que há em mim, rapaz
Nas águas mornas desse dia quente de abril

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O bem-te-vi

Todas as tardes
O bem-te-vi pousa
No parapeito da sacada
O peito amarelo estufado
Olhos fixos na paisagem
Do sexto andar
Todas as tardes o canto do bem-te-vi me desperta
E eu interrompo a vida prática
Abro devagar a cortina
E admiro sua imponência comedida
Já tentei fotografá-lo
Mas ele sempre foge
Para ficar só
Na memória